É com grande satisfação que vejo certos comportamentos e padrões na mulher portuguesa se transformarem.
Estamos diferentes, mais sofisticadas, mais divertidas, mais "donas do nosso nariz!"
Estamos cada vez mais bonitas!!!
Ainda me lembro, de não há muito tempo. Era eu uma "catraia", e se ouvia uma mulher dizer que já tinha 30 anos....pensava "ui que velha"....
LOL!!!!
Com 30 anos ainda somos umas "miúdas".
Mas isso é nestes tempos, porque lá atrás sim uma mulher com 30 anos era uma Mulher.
E quando digo Mulher, não falo em idade, mas sim mulher no sentido de que já viveu toda a
sua juventude e o lado divertido da vida, que já fez o que tinha a fazer.
Mulher porque antigamente, uma mulher com 30 anos, por norma, já tinha casado, tinha pelo menos um filho, e era ela que independentemente de trabalhar ou não arrumava a casa, fazia o jantar e tomava conta dos filhos.
Poucas eram as mulheres que fugiam deste padrão, e se fugiam não eram muito bem vistas.
Lembro-me que regra geral, uma mulher depois de casada acabava por ir ficando "abandalhada" tal como o marido.
Eram os "pneuzitos" que iam aparecendo, e o estilo e o glamour que ia desaparecendo,
Já para não falar no romance e no sex-appeal do casal que também ia esmorecendo.
A mulher justificava a sua roupa sem estilo e a barriguinha, como a falta de tempo, e com o quanto que os filhos, e o marido lhe sugavam a energia...
E o homem com orgulho lá exibia a sua barriguinha e chamava-a a "curva de felicidade".
E se a mulher ia ficando desleixada depois de casar, então o homem nem se fala...até porque
muitos homens e mulheres depois de casados usavam a desculpa que uma vez que tinham arranjado
esposa/esposo, por isso já não se precisavam de arranjar pois já tinham encontrado o que queriam.
As mulheres gordinhas só usavam roupa preta e sem corte, tipo "saquinho de batata", depois dos 40 anos lá cortavam todas a "trunfa" e passavam ao corte de cabelo estilo "rapazinho", pois a "trunfa" era só para as "garotas".
Ai da mulher que não quisesse ter filhos, era sinal de que era má pessoa.
E motéis, fantasias sexuais ousadas, tudo que passa-se o estilo "missionário", ui era "um pecado", digno de uma pessoa "tresloucada".
E isto sem falarmos nas mulheres que passavam a meta dos 30 anos sem casar.
Ufa "coitadas" dessas, se com essa idade ainda estavam solteiras, o seu destino estava selado seriam as famosas "tias", com sorte teriam um gatinho ou dois, para não ficarem tão sozinhas.
As mentes das mulheres eram "tacanhas" e parecia que todas tinham nascido com o mesmo destino.
Casar, ter filhos, engordar e arrumar a casa até ao fim dos dias.
Sendo que o domingo era para passear, uma voltinha no carro fazia as delicias, e para desanuviar a mulher tinha como tema de conversa falar mal do marido, e claro outro ponto alto da vida das mulheres ver novelas...
Tudo aquilo que realmente dava gosto de falar ou fazer, era omitido...
Pois, é que já não é de hoje que quando desce o nível de conversa aumenta o interesse.
Felizmente esses dias em que a Mulher, era feita para casar, ter filhos, arrumar, e ainda aturar as birras do marido e filhos.
Esses dias em que a Mulher não se preocupava no seu próprio bem estar, nem tinha "voto na matéria".
Esses dias estão acabados.
Pois a Mulher de hoje em dia afirma-se, faz se notar, preocupa-se em estar bonita, em se divertir, em fazer o que gosta, não tem medo de falar.
E tudo isto, sem ter que passar por cima de ninguém.
A Mulher de hoje em dia já não tem idade, constantemente vemos "garotas" com ar de mulherinhas,
já de "corpo feito" e com umas conversas e um à-vontade que parece mais de umas mulherinhas de vinte.
E também existem cada vez mais mulheres na casa dos 40, 50, 60 que não perderam a sua beleza, charme,
sensualidade, que se cuidam, se arranjam. Como consequencia acabam muitas vezes por ser vistas com "moçoilos" mais novos.
E as mulheres de mais idade já não são umas "gagas",
Não passam o dia todo a ver TV, já saem, dançam, fazem ferias.
Existem cada vez mais mulheres a preferirem casar mais tarde, ou até nem casar.
Os filhos já são tidos mais tarde ou então nem avabam por nem vir, não existe mal nenhum em não sentir o instinto maternal é uma decisão que cabe apenas aos interessados e não há sociedade.
E ser "Tia" hoje em dia é sinónimo de "chiqueza".
A mulher que decide casar e ter filhos, já não faz tudo sozinha, divide tarefas com o "mais que tudo", vai ao ginásio, arranja-se, e faz escapadinhas a dois para que a "chama" não se apague.
Já o homem deixa de achar graça à barriguinha e à careca.
Quanto à típica mulher ideal, a "escanzelada" essa deixa de existir, agora a mulher ideal toma diversas formas.
Há de tudo, é a "magrinha", a "peituda" a "fofosuda", "mulher bombada", "corpo violão", há de tudo.
Apenas temos de nos sentir sexy e ter confiança.
Adeus às roupas típicas para cada ocasião, para cada formato...Somos nós que decidimos o que usamos e quando usamos.
Como regra temos apenas, sentir-nos o mais bonitas e confiantes.
Quanto ao cabelo, à maquinagem não existe regra, somos nos quem decidimos.
A Mulher já fala livremente, expressa os seus desejos, os seus "FETICHES", fantasias e sonhos...basta ver as revistas encherem-se com dicas "picantes", os programas de televisão que explicam "tim-tim" por "tim-tim", todas aquelas coisas que morríamos de vergonha de falar.
E esse é um dos muitos mais motivos pelo qual somos mais felizes.
Já não seguimos os ideais da sociedade, seguimos a nossa "cabecinha" e instinto...
E toda a Mulher é bonita basta querermos.
Para aquelas que neste momento, acham que ainda estão presas no "protótipo" de mulher ideal da outra era.
Pois apenas tenho duas coisas a dizer:
Se é por opção e é feliz assim, então continue!
Se não o é.
Como já dizia o outro "Muda de vida se não vives satisfeito, muda de ida estás sempre a tempo de mudar".
Um beijinho para todas e para todos.
M
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